sábado, 30 de maio de 2009

Meia Maratona Viana do Castelo

Bem, meus amigos, é com alguma tristeza que vos relato esta crónica e já vão saber porquê mais adiante.


Mais um sábado, mais uma jornada de BTT (claro!) e mais uma vez os atletas de alto gabarito do BIKE17ECO: Trepador, Trilhos, Sérgio e Saca Saca, reuniram-se para combater o caruncho acumulado.







Eu e o Trilhos, fomos ter à casa do Trepador, pois era no carro dele que iríamos fazer a viagem. Era suposto estarem lá três “burras”, mas como o Trepador tinha acabado de sair de serviço e o sono era tanto, que se esqueceu da verdadeira máquina “velocipédica” na 17ª, ou seja, a minha.

O ponto de encontro com o Sérgio, foi, desta vez, no posto de abastecimento de combustíveis de Vila do Conde, na A28, onde se iriam juntar também a nós, os tradicionais mancos do Ecobike e SprintVeloceTeam, Gigantones e Márito. Dali seguimos até à casa do Valter, onde já estava também o Paulo, completando assim a comitiva que se deslocou até à bonita cidade de Viana do Castelo.

Já em Viana, deixamos os carros junto ao Pavilhão de Monserrate (local dos sempre desejados banhos) e deslocamo-nos para o local da partida, onde encontramos o Santiago e o Calheiros.

Com a partida marcada para as 10h00, logo começou a ser evidenciado o descontentamento por parte da maioria dos participantes pois os relógios marcavam 10h15, quando subiu ao palco um senhor, acompanhado por duas meninas, que nos queriam pôr a fazer um aquecimento sem bicicleta. Com a alta temperatura que já se fazia sentir aquela hora, foram poucos os que deram importância a tal facto, pois queriam era pedalar.

Portanto, surgiu a primeira falha da organização, pois só arrancamos depois das 10h30.
Para quem não aderiu ao aquecimento no parque fechado, teve logo direito a ele, pois os quilómetros iniciais foram a subir, mais propriamente até ao cimo da Serra de Santa Luzia, passando pela bonita Basílica.
Após vinte e poucos quilómetros de prova, lá encontramos a zona de abastecimento, onde nos deparamos com uma falha muito grave por parte da organização. Imaginem a nossa surpresa quando nos disseram que a água já tinha acabado e com aquele calor, o que nos salvou foi uma pequena fonte que havia ali perto.

Falando por mim, foi com muita dificuldade que terminei esta meia-maratona e se não fossem os vários riachos que havia pelo percurso, não sei se não me tinha atirado para o chão.

Resumindo:
• O percurso podia ter sido melhor;
• Perante as condições climatéricas, justificava-se plenamente dois postos de abastecimento (ou o adiantamento da hora de partida);
• O percurso devia estar com melhores marcações;
• A meia-maratona supostamente era de 40 quilómetros e chega-se ao fim com cerca de 50;
• Almoçar dentro de uma tenda militar com ar “forçado” (valha-nos Deus!).

Por isto tudo e por ser natural desta cidade e ainda por a prova ter sido organizada por amigos meus, é que vos falaram da tristeza no início da crónica.

Esperemos que para a próxima (que duvido que participemos nela), as coisas melhorem.

Abraços e beijinhos!

Saca Saca

Classificações e comentários

Trilho Meia Maratona Viana do Castelo 2009

sábado, 23 de maio de 2009

Ribeira de Pena


Depois de uma, longa pausa nos passeios de BTT… Chegou o dia D… Ribeira de Pena foi o local escolhido…
O Dia nasceu envergonhado, parecia que ia chover a “cântaros”…
O local de encontro do costume (17ª Eco), 06h30 e já começava a chegar os batetistas, com vontade de usufruir das belas paisagens de Ribeira de Pena…
Depois de 1 hora de viagem, lá estávamos nós no local escolhido… mas à que referir que o trânsito era tanto que o Xinateiro ainda se perdeu da Vila…
Foi certamente, um dia para tirar muita da ferrugem que existia naqueles músculos…
Com a ajuda do Daniel Cardoso, nosso Guia de Mapa na Mão (a quem agradeço toda a colaboração e disponibilidade), lá iniciamos o percurso junto da Igreja Matriz…
É claro que antes da 1ª pedalada, tivemos que tirar a foto de grupo, que é da praxe…
Os caminhos estreitos, exigia um pouco de perícia, e muita atenção, pois os calhaus com olhos ”pedras claro” que faziam cair os batetistas e as urtigas para activar a circulação sanguínea, que o diga o Tone (Careca) …
O desgaste já era muito, houve necessidade de um abastecimento, na estação de serviço “O Palhinhas”.
Depois de muito pedalar, o passeio estava na fase final, convinha terminar o percurso com chave d’ouro… (mais uma subidita) que partiu o Pelotão, foi altura do carro vassoura trabalhar…
Aproximavam-se a grande velocidade umas nuvens negras, dispostas a dar banho antecipado a todo o pessoal, mas fomos mais rápidos e tratamos de ir abastecer os estômagos no Restaurante “O Cantinho do Churrasco”… onde nos esperava a vitela assada com batatas a murro e os milhos, prato tradicional da região…
Se até ao almoço correu tudo bem, após este também não ficou atrás…
O dia ficou completo com a descida no maior cabo do Mundo (FANTASTICABLE)
(… O Fantasticable consiste num cabo com 1538m a uma altura de 150m, que liga os lugares de Lamelas e Bustelo, em que as pessoas podem “voar” nele a uma velocidade máxima de 130km/h, sendo considerado o maior Fantasticable do mundo!
No Fantasticable as pessoas são presas a um cabo e deslizarão por ele de uma montanha para a outra a diferentes velocidades, tendo a sensação de que estão realmente a voar).
Havia muito nervosismo, gritos de ansiedade à mistura… era a 1ª vez… para maior parte dos participantes… valeu a pena….
Depois de colocarem os pés no chão, tinham todos um sorriso de satisfação e alívio… afinal valeu a pena!!!

Manuel Almeida



Crónica Sprint Veloce
Crónica deste reconhecimento
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segunda-feira, 18 de maio de 2009

1º ANIVERSÁRIO DO BLOG


Neste mês de Maio o nosso BLOG, faz um ano de existência.

Um ano a contar as aventuras deste grupo, divididas até ao momento por 45 crónicas e visitado mais de 4300 vezes.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Nascente do Rio Leça

Ainda saturados da bicicleta, por causa da maratona de Portalegre, eu e o Trepador fomos fazer um percurso, para descomprimir um bocado. Nada complicado e até maioritariamente por estrada.

Com inicio junto a casa do Trepador em Ermesinde lá fomos estrada fora á procura da Nascente do Rio Leça, lá para Santo Tirso no Monte Córdova, com passagem pela subida à Sr.ª da Assunção.

Como orientação não é o nosso forte, tivemos que levar o nosso GPS, já com as coordenadas da localização da nascente, senão nem a fonte das 7 bicas íamos encontrar, quanto mais a nascente dum rio.

Após a subida à Sr.ª da Assunção, (sempre queria ver o nosso amigo Assunção "Xungalized" a subi-la, afinal tem o nome dele) e consequentemente apreciar a vista lá de cima, por estradas secundárias e mais trilho menos trilho, lá encontramos a nascente, com um calhau enorme a marcar o local e umas escadinhas que levavam mesmo á nascente.
Nascente essa que não é mais que uma poça de água, seguida dum carreiro, mas água que além de transparente é inodora, muito diferente do Rio Leça que conhecemos junto ao porto de Leixões, onde desagua. Ou seja, como o Leça não nasce já poluído, significa que, infelizmente, nos seus escassos 44,8 Km`s de extensão, alguém e alguma coisa o transformam no esgoto a céu aberto que todos conhecemos. Vá-se lá saber como é possível deixar uma bacia hidrográfica com quase 190 Km2, transformar-se impunemente, no esgoto que se vê. E ainda querem autuar em 25.000 Euros, quem não declarar os poços utilizados para regar o quintal, é isto gerir os recursos hídricos do País.

Resumindo, quarenta e tal km`s quase todos em estrada com passagem por alguns trilhos mais ou menos técnicos, para fazer numa manhã e descomprimir.

Pedro "Trilhos"

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sábado, 2 de maio de 2009

Maratona de Portalegre - É tudo plano!




Conceito de treino desportivo
“Processo pedagógico complexo que visa desenvolver a aptidão do atleta ou da equipa para o desempenho desportivo, no quadro específico das situações competitivas, através da prática sistemática e planeada do exercício, orientada por princípios e regras cientificamente fundamentadas.”





Bem, meus amigos, se há coisa que os atletas do Bike17Eco não conhecem é precisamente este conceito, isto de entre muitos claro… Nós é mais o Conceito de Zona de Abastecimento e Onde é que é o Tacho?
Prova material do supracitado: a nossa classificação na mítica Maratona BTT de Portalegre, eu em 848 ° lugar com 08:14:27 nas pernas e em cima do selim e o 856 ° lugar do Trilhos com 08:16:34 de prova, 2700m de acumulado (afinal o Alentejo não é todo plano), últimos 25 kms com uma ascensão dos 550m aos 1020m até ao alto da Serra de S. Mamede isto compreendido entre o km 74 e 90, tudo misturado com um dia solarengo e já a prometer dias bem mais quentes.
Bem, vamos ao que interessa, pela primeira vez, eu e o Trilhos fomos representar o Bike17Eco nesta famigerada prova, acompanhados do pessoal da Ecobike, Jorge Almeida, Marito, Valente Compostela, Calheiros, Rocha, Gouveia e Santos, sendo que alguns deles marcavam a sua 2ª presença na prova. Principal tema de conversa e de preocupação: a dureza excessiva da prova deste ano com a extrema dificuldade da subida ser na parte final da prova.
Já com o Hotel de 4 estrelas devidamente marcado pelo Valente Compostela, o Hotel Candelária (Valente estás de parabéns pois o espaço era excelente, que o diga o Trilhos que aproveitou a piscina no Domingo), para uma noite no caso do pessoal do Ecobike e duas no nosso caso, o que veio a comprovar-se uma escolha acertada devido ao cansaço da prova, hotel esse situado a cerca de 25 kms para sul de Portalegre, em Cabeço de Vide, Concelho de Fronteira.
Dá para perceber claramente que neste fim de semana da Maratona respira-se BTT por todo o lado, tudo na região gira em torno deste evento, esgotando rapidamente as reservas nos hotéis e pensões da zona.
Viagem: saímos de Vila Nova de Gaia pelas 16H00, com o Jorge e o Marito já a terem as suas brigas habituais de casal e o Jorge a desafiar tudo e todos para a prova - fomos pela A29 até Estarreja, seguimos depois pela A25 em direcção à Covilhã depois A23 em direcção a Castelo Branco e seguidamente IP2 em direcção a Portalegre /Nisa, altura em que o Trilhos pôs o nosso GPS a funcionar e entramos pelo meio das localidades alentejanas, fugindo à monotonia das estradas nacionais, em direcção a Alter do Chão e logo depois Cabeço de Vide, chegando quase pelas 21H00 com a fome a apertar. Altura de arrumar as tralhas nos quartos e jantar num restaurante económico da vila, café Avenida, situado a pouco mais de 100 m do Hotel, onde eu e o Trilhos iniciamos o nosso treino com um prato de carne de porco à alentejana… Feita a digestão com uma volta de reconhecimento e apeada pela vila, a malta recolheu-se no Hotel em estágio, com encontro marcado para o dia seguinte pelas 06H30 da manhã para o pequeno almoço da ordem e consequente saída para Portalegre.

Dia da Prova: saímos então pelas 07H30 do hotel e concentramos então no local da partida da prova meia hora depois, onde já se acumulavam milhares de betetistas, ficando mais ou menos a meio do pelotão de 3500 atletas, muitos para fazer a meia maratona, no nosso caso do Valente Compostela, atleta em grande forma e que tinha a vantagem de ter a ajuda divina depois de uma passagem por Fátima com a família, ocasião ideal para revemos os gráficos já habituais do Trilhos e tentar gerir a prova da melhor forma possível. O trajecto envolvia a primeira parte por estrada, depois entrava-se pelos trilhos, com passagens por Herdades particulares, paisagem envolvente característica do Alentejo, com piso rápido para se rolar mas sem dar descanso à concentração pois raízes e pedras soltas pululam o caminho, primeiras subidas também com bom piso e descidas rápidas a acompanhar, ficando o pior piso na minha opinião na grande dificuldade do dia, pois tinha muita pedra solta na subida bem como na parte inicial da descida, aí nota-se toda a diferença entre uma Bike rígida e uma de suspensão total, fiquei com as minhas mãos e costas k.O.
Quanto ao decorrer da prova em si mesmo, às 09H00 em ponto, foi dada a partida, com os prós a arrancar a toda a velocidade e nós só 3-4 minutos depois, devido ao aglomerado impressionante de betetistas, com milhares de pessoas nas ruas a incentivar os atletas, seguimos por estrada nos primeiros 12 kms, quase sempre a subir até à divisão da meia com os 100 kms, nesta fase já o Trilhos, o Rocha e eu tínhamos ficado mais para trás pois os outros já iam com andamento elevado, sinal de que estavam bem, pelo que devido à falta de treinos e eu com esta dor no joelho que se veio a manifestar mais tarde outra vez, mantivemos o nosso ritmo, com o Rocha a seguir depois o seu destino na tal divisão no alto da subida pois ficamos a rectificar uma avaria do Trilhos. A partir daqui, eu e o Trilhos fizemos a prova em conjunto, com este último a denotar cedo algum grau de salapismo que não é habitual mas que acabou por conseguir gerir durante a prova toda, já estava era farto de o ouvir dizer para eu ficar com a chave do carro, não estava o Saca Saca e depois é isto.
O esforço e a concentração é tanta durante a maratona que nem dá para ver se passamos por alguém conhecido. Entretanto tive furo pelo que deu para fazer descanso e tirar umas fotos. Mas como o nosso objectivo principal era terminar a prova, dentro ou fora do horário regulamentar, lá nos pusemos na estrada de novo ao nosso ritmo
Só encontramos alguém da Ecobike nos últimos 20 kms e numa descida, neste caso o Jorge e o Marito que estavam a remendar um furo, sabendo aí então as novidades da malta, uma queda aparatosa do Santos mas sem gravidade, as cãimbras a atacar o Calheiros, perguntou-se por onde andava o Rocha, etc. … As confusões normais nestas andanças, o Marito a resmungar por estar sempre a esperar pelo Jorge, pelo que reagrupamos no penúltimo Abastecimento, onde tentei então seguir o Marito na grande dificuldade do dia, ficando o Jorge com o Trilhos. Por esta altura sentia-me bem, o Marito estava como fresquinho, tentei acompanhá-lo mas no início da subida vi logo que aquele ritmo não era para mim por isso abrandei e, esperando-me cerca de 14 kms a subir, meti o meu ritmo e segui caminho. Aí foi o descalabro completo, arrebentei completamente, o Jorge passou por mim e tentou rebocar-me mas não havia condições pelo que o “dispensei” e fiz cerca de 2/3 da subida numa constante a pé e em cima da bike, juntando-me a dezenas de outros betetistas que estavam a levar a mesma pinga. Nunca me custou tanto fazer uma subida meus amigos e logo eu que sou adepto da categoria. Quando cheguei ao topo da Serra de S. Mamede, foi um alívio, tempo de reabastecer, tirar umas fotos da paisagem e fazer a descida sem correr riscos, o que não foi fácil pois descia bem e o piso era muito irregular. Chegando à meta no jardim principal de Portalegre, foi uma sensação de dever cumprido, aproveitando o descanso para uma merecida massagem nas mãos de uma profissional. Já tinha chegado toda a gente menos o Trilhos, que dois minutos depois concluiu a prova e pirou-se logo para o carro – não estava com fome de paleio – e que pouco tempo perdeu afinal e o Rocha que chegou mais tarde. Depois dos banhos, tempo de conversas sobre o decorrer da prova no respectivo almoço - jantar com uma sopa de cação de morrer e pedir por mais – alguns artistas repetiram para fugir à super massa colada de spaghetti.
Hora de bazar para a malta da Ecobike até ao Norte, enquanto eu e o Trilhos regressamos ao Hotel para um merecido descanso, tirando proveito no dia seguinte da piscina e de uma volta por Portalegre para conhecer um pouco da Cidade, antes de nos meter a caminho também, o que penso ser a melhor opção quando possível pois dá para descansar devidamente.

Conclusões: uma logística impressionante para uma prova de BTT, uma excessiva dureza dos 100 kms em relação ao ano passado segundo os repetentes – se calhar para fazer uma maior selecção – o espírito de sacrifício dos betetistas, paisagens e trilhos espectaculares, para serem desfrutados com mais tempo e sem stress, uma experiencia única, um fim-de-semana em que tem de se estar preparado para despender algum dinheiro, uma zona do país a visitar claramente com mais tempo!

PS. Conceito de quê?

Trepador

Crónica Sprint Veloce Team
Vídeo BTT-TV
Notícia Correio da Manhã
Download do Trilho (100Km)