domingo, 23 de maio de 2010

ROTAS DO MARÃO 2010


CHURRASCADA NA AMARANTE

No dia 23 de Maio, fui convidado por dois companheiros de pedalada, o Trepador e o Saca Saca, para ir a uma churrascada na Amarante, como havia comida claro que aceitei, mas as coisas, como vim a verificar, afinal não me foram nada fáceis.

Combinamos às 07H00 da manhã (7H30, para o Pimenta), eu achei logo isto muito estranho, -Então para almoçar vamos tão cedo, bem devem querer ir a algum lado, primeiro.
- Ah e traz a bike…
- Hummmm a bicicleta para que será? Já me cheira a esturro!
Bem lá fomos, já só quase ás 08H00 em direcção à Amarante.
-Deve ser só uma voltinha e voltámos logo, afinal vim foi para comer. Pensei eu.

Chegados à Amarante, encontramos o Santiago Beep Beep e disseram-me vai haver aqui uma provazita, vamos pegar nas bikes e vamos também, antes da churrascada.
-Uma provazita?? Vamos lá.

Só que afinal a provazita era a Meia-Maratona e a Maratona do Marão, só que agora já não havia nada a fazer, já tinha sido enganado e lá fomos atacar as montanhas do Marão participando nos 40Km da Meia-Maratona, debaixo do Sol de Verão.
Praticamente todas as subidas e não foram poucas, foram sempre debaixo do Sol e com aquele calor, Eu até já suava pelos óculos, (sim os óculos já estavam todos embaciados e a escorrer água), até que numa descida que acabava numa curva apertada, despistei-me e caí, levantando uma nuvem de poeira, digna de mandar fechar o Espaço aéreo Português.
Com um pulso lesionado, um braço esfolado e ainda uma mancha no meu amor-próprio, pois estava muita gente naquele sitio que viu a minha aselhice, lá continuei para continuar a subir.

-Bem quando chegar lá acima ao abastecimento vou encher o bandulho, se for igual ao ano passado, têm uns pãezinhos com chouriço espectaculares. Mas foi a desilusão, era só fruta e barras energéticas, comidinha de jeito (pão com chouriço), nada! Para os atletas de elite estava bem, mas para mim não chega.

Vamos mas é então, descer rápido, que o churrasco está lá em baixo à espera.
Durante a descida o Trepador, ainda mostrou o espírito do BTT, ao oferecer uma câmara de ar, a um bttista empenado.

Chegados ao fim, pude constatar que infelizmente estava fila para o churrasco, (não vi tantos a andar de bicicleta, acho que foram só para a churrascada), mas lá chegou a nossa vez…

Finalmente, após muito esforço e uma queda na conta, cheguei ao churrasco para que fui convidado.
Convidam-me para um churrasco, e põem-me a subir a Serra do Marão, de bicicleta, ao Sol e com quedas pelo meio.
Fui bem enganadinho, mas comi na mesma…

Pedro "Trilhos"


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Fotos organização

Fotos deste Passeio

domingo, 9 de maio de 2010

Maratona de Idanha à Nova - Bora Lá ao verdadeiro ESPÌRITO do PURO BTT

***Chouriços e chouriças, enquanto vos escrevo este relato, ainda me sinto embriagado pela jornada magnífica de BTT, no seu estado mais Puro, que pude testemunhar em Idanha à Nova, apelidada de Catedral do BTT, na companhia do Pimenta “Saca Saca” entre outros amigos e amigas– o Trilhos e o Sérgio desta vez baldaram-se ao evento. Participamos pela 1ª vez na mítica Maratona de 100 Kms. O cansaço é algum, as memórias do convívio, da camaradagem, das gentes, dos autênticos postais naturais e as fotos tiradas são muitas. Nem a chuva que marcou a sua presença no fim-de-semana nos conseguiu desanimar.


*** Em abono da verdade, uma maratona de 100 Kms é coisa séria, por muita boa vontade e espírito guerreiro(a) que se possua. Os que não vão para competir e registar ansiosamente a sua posição na classificação, mas sim apreciar todos os pormenores destas provas, têm de contar com muitas horas em cima da bike. E para esta distância, têm de se contar com muitos factores para as coisas não correrem mal: meteorologia, treino, hidratação, alimentação, quedas, avarias, força mental, etc……

*** A prova disso: a minha participação na Maratona de Portalegre em 2009,sem ritmo adquirido nos meses anteriores para os 100 kms, aliado ao calor que se fez sentir, eu e o Pedro “Trilhos” penamos muito para terminar a prova, a parte final acaba sempre por ser massacrante. Não se desfruta em pleno de tudo o que anda à volta duma Maratona desta natureza – os trilhos, o convívio, as paisagens e rotas locais, a camaradagem, etc…. Leva-se é um grande EMPENO! Mas é verdade – fazendo justiça ao meu amigo Mário Almeida do SprintVeloceTeam que esteve presente com a família, entre muitos outros da Ecobike e não só - que fazer uma deslocação de 300 e muitos Kms até às colónias de férias da PSP de Monfortinho, passar o fim de semana por aquelas bandas, com as despesas que isso acarreta, para só ir participar numa Meia maratona, não é propriamente a opção mais indicada. Até porque, caso dúvidas houvesse, o percurso da Meia Maratona de Idanha não passava por Zarza la Mayor, em Espanha, suprimindo a quase totalidade dos singletrack´s e afins da Maratona, ou seja, a cereja em cima do bolo.

***Esta é sem dúvida uma das melhores MARATONAS nacionais em que participei: a monumental descida de 1300 Betetistas, vindos de Idanha à Nova, pela calçada romana, sendo feita no sentido oposto na parte final, em cima da burra para os que conseguirem, não foi o nosso caso…; Os imensos estradões percorridos pelas extensas planícies; Os incríveis singletrack´s de vários Kms junto ao Rio Erges; A Descida técnica da calçada com lage húmida depois de Salvaterra do Extremo, qualquer coisa de divinal, mesmo espalhando-se, não é Pimenta? Os cantares populares das gentes nas localidades atravessadas; A palete de cores encontradas na vegetação existente e que sempre nos acompanhava, apimentadas por castelos e torres lá no alto de qualquer penedo – algo me diz que em Setembro alguns malucos do Bike17Eco por lá passarão outra vez!!!! Enfim, nada que não possa ser conferido pelas fotos e vários links que serão anexados na parte final deste Relato mas que, amigos e amigas, só podem ser devidamente valorados por aqueles que lá rolaram com a sua montada, pois os cheiros e sabores são únicos.

***Fita de Tempo.

Sexta-feira, 7Maio. Saída depois do almoço de Ermesinde com o Pimenta, direcção Termas de Monfortinho e Hotel de Férias da PSP. Chegada pelas 17H30, viagem feita sem stress como deve ser, já se encontravam no local alguns amigos do Ecobike, Jorge Almeida, Mário Almeida
, Gouveia e respectivas famílias, chegada durante o resto da tarde de muitos outros. Tempo agradável, com sol, visita com a malta à Penha Garcia, para apreciar as fantásticas vistas lá do alto. Jantar em Penha Garcia: bifes de javali e de veado, eu comi javali pela 1ª vez mas, pela opinião de alguns experts, não estava grande espiga, não desgostei mas realmente era um pouco seco... Recolher obrigatório pelas 23H00: aqui surgem logo algumas dúvidas cartesianas, a principal, onde vamos tomar o pequeno-almoço amanhã, pelas 07H00? Ali era para esquecer pois há pouco comércio nesta altura e a essa hora, vão mesmo estar à nossa espera para abrir as portas, fazem eles bem! Em Idanha então? Não me parece, o Vítor Silva e Tó Jó da Ecobike, que passaram pelo secretariado da prova em Idanha, antes de vir para Monfortinho, levantando os dorsais da malta toda, logo nos avisaram que ia ser complicado, dada a afluência de Betetistas naquela urbe. Vamos negociar com a gerente do hotel onde pernoitou o Santiago e esposa, boa ideia dizem alguns, até cinco euros é de pensar no assunto! Dez euros dizem-nos, é já a seguir…. O que vale foi que tanto eu como o Pimenta trouxemos o nosso farnel de casa com sandes, fruta e iogurtes, para a viagem e já a pensar nestas eventualidades, velhos hábitos do tempo das meias companhias. Já quase a adormecer e a preparar-me mentalmente para o grande dia, outra dúvida existencial por parte do Pimenta: Ressonas de noite? diz ele com ar preocupado. Deixo-o descansado: que eu saiba não!!!! Não ressonei mas o ar condicionado, mesmo desligado, e os pássaros nos telhados fizeram muito mais estragos ao descanso dos guerreiros nessa noite.

Sábado, 8Maio. Dia de prova. Tempo muito cinzento e a prometer chuva, o que veio a acontecer. 07H00, Saída dos bravos para Idanha, a cerca de 40 kms, em longas estradas nacionais, desertas . Pequeno-almoço já era, pão esgotado, cada um que se safe e vai ter que aguardar pelo 1º abastecimento, dos 5 existentes, ao Km23. Direcção linha de partida, já alguns 70 Betetistas á nossa frente, sobressai o Vítor Gamito na linha da frente, dorsal 673, grande senhor do Ciclismo Nacional e vencedor final da prova, que se dedica ao BTT neste momento. Outras grandes figuras nacionais do Norte também marcam presença, neste caso o Oledo. A Partida é dada pelas 09H e pouco, não a real que será depois da descida da Calçada Romana, na ponte, bem, meus amigos, é uma visão impressionante estar lado a lado com milhares de Betetistas a descer a calçada tão acentuada e sinuosa, com alguns malucos a arriscar em demasia e sem necessidade, um deles embrulhou-se com o Pimenta e espalhou-se, agora percebo porque é que a organização quer manter a partida e chegada nestes moldes, acaba por ser o ex- libris e imagem de marca da prova. Como sempre é o apanágio do Bike17Eco, a minha corrida será feita com o Pimenta, ninguém fica sozinho, vou deixar o Gamito ir-se embora, a malta da Ecobike ficou logo mais à frente, cada um vai fazer a prova ao seu ritmo. Esta Maratona não era tão dura como a de Portalegre, até Zarza la Mayor, sensivelmente a meio da prova, é sempre a rolar, um sobe e desce constante certo mas rápido. Posso dizer que até ao Km 88, no último abastecimento, e a faltar 18Kms para o final, sim foram 106, eu e o Pimenta estávamos como o aço, rolamos sempre na boa, na conversa e a desfrutar dos trilhos, parando, tirando fotos, ele teve uma avaria antes de chegar ao abastecimento de Segura, que antecedia Salvaterra do Extremo, em que a corrente ficou presa de tal forma na cassete que tivemos de a retirar – para não partir o drop out ou o desviador, forçar ao máximo para extraí-la que conseguimos e pusemos um elo, estivemos perto de 30 minutos parados. Nos últimos 16 Kms, começou a chover e nunca mais parou, descemos á Barragem Marechal Carmona e depois era quase sempre a subir, até levar com a subida da calçada até à meta em Idanha, nesta fase, já vínhamos os dois mais cansados e fomos fazendo este trajecto mais devagar, a calçada apeada claro. Banhos nas escolas – água fria pois depois de oito horas e tal a pedalar a água quente já foi toda a vida, e depois o tacho (demoramos algum tempo a encontrar o sítio certo), arroz de feijão e porco no espeto, mal eu tinha começado a comer e já o Pimenta tinha dado uma coça no seu prato: Estava cheio de fome, disse ele! Sem dúvida eu também estava, é que barras, bananas, gomas com cafeína, etc… não enchem o bandulho de forma decente…. Regresso dos duros e Fatigados para o Quartel-general onde é feita a análise pelo grupo do percurso. Ouve-se o regozijo de um atleta por ter ganho uma francesinha a outro!! Só elogio claro á prova. Alguma malta foi jantar. Nós ainda estávamos cheios, ficamos em retiro espiritual e a descansar os ossos no quarto. Não vai haver pássaros e ar condicionado que nos vai quebrar o sono hoje!

Domingo, 9Maio. Saída do Hotel de manhã. Visita a Monsanto, a aldeia “mais portuguesa de Portugal”, onde decorreu no fim-de-semana uma feira medieval, impressionante riqueza cultural e histórica daquela região. Do alto do Castelo, uma visão singular da beleza e da paz circundante. O Transporte até a aldeia é assegurado por uma carrinha de 1930, tipo as TP25 da PSP, num constante vaivém, mais uma aventura, será que vai conseguir subir???? Prova superada. Regresso a casa com direito a almoço em Viseu com mais malta que nos acompanhou na viagem, chegada a Ermesinde pelas 17H25, alguém tem de ir combater o crime…..

*** Ah, é verdade, a nossa classificação final: lugares 444 e 445 em 533 possíveis. Oito horas e vinte minutos por aí, em cima da burra. O 1º, Vítor Gamito com 4H25.
Mas digam-me lá uma coisa: o que é que isso interessa depois de tudo o que foi relatado?

Sousa "Trepador"

sexta-feira, 7 de maio de 2010

EQUIPAMENTO 2010

Vamos fazer um novo equipamento que será este modelo, (idêntico ao casaco de inverno).
Como não nos vamos "incomodar" com patrocínios, o preço rondará os 60 Euros.

Os interessados devem pronunciar-se (aqui nos comentários, via mail, telefone ou pessoalmente junto do Amorim, do Sousa ou do Pedro) até dia 13 de Maio, (devem pronunciar-se antes de ir rezar a missa com o Papa).

Quem já tem o equipamento antigo, o tamanho é o mesmo, quem não tem oportunamente será disponibilizado equipamento para prova.

PRAZO PREVISTO DE ENTREGA: meados do mês de JULHO

BIKE17ECO

terça-feira, 4 de maio de 2010

Maratona de 100 Kms de Idanha à Nova


Neste fim de semana, realiza-se a mítica Maratona de Idanha , um dos muitos eventos singulares no nosso panorama nacional de BTT.

O Bike17Eco vai estar representado por três atletas de craveira Mundial, quiçá Nacional também, Saca Saca , Trepador e Santiago Beep Beep.

Para vos abrir o apetite, aqui fica um cheirinho da
paisagem que estes Artistas vão ter o privilégio de conquistar.

A aventura será contada no regresso fatigado - mas com a alma cheia- dos guerreiros.

domingo, 2 de maio de 2010

II BTT - Bombeiros Voluntários de Ponte da Barca



Comemoração dos 75 anos dos Bombeiros Voluntários de Ponte da Barca.




A convite do nosso amigo bombeiro Márcio, os 3 do costume que já nem vale a pena dizer o nome, fomos representar o BIKE17ECO no II BTT, que marcava o septuagésimo quinto aniversário dos bombeiros voluntários de Ponte da Barca. O Rebanda que foi quem recebeu o convite, baldou-se e enviou os representantes de sempre, se calhar a contar com o que viria a seguir.

Photobucket


À chegada o BIKE17ECO foi agraciado, pelos Bombeiros nas pessoas do Márcio e o Sr. Presidente dos Bombeiros, que nos entregaram uma medalha comemorativa desta efeméride, muito bem recebida pelo nosso atleta do ano, juntamente com um galhardete representativo daquela corporação e três medalhas individuais, estas atribuídas a todos os atletas que participaram na prova.

Quanto à prova, era suposto ser um passeio de cerca de 30km, com nível 3, mas logo no início e durante cerca de 10 km, verificou-se que aquilo não foi passeio nenhum, foi uma subida de 10km, intercalada com rampas dignas de uma etapa da volta a Portugal e muito boas para o Rebanda por isso é que ele não veio. “Ah e tal ao domingo a minha mulher não me deixa ir brincar com os meus amigos…”, pois, pois, já sabias o que te esperava!

Depois da subida vieram 20km, maioritariamente a descer, (como dizia o cidadão que estava no reforço de garrafa de vinho caseiro na mão a oferecer-se para encher o bidão aos atletas que passavam: ” - Agora para baixo é sempre a descer…”), por singletracks bem à maneira e com paisagens bem bonitas, ou não estivéssemos nós bem na raia do Parque Nacional da Peneda Gerês.

No final, fomos encher a blusa ao restaurante "Kibom"e após alguma dificuldade inicial com o nome das bebidas, escolhemos um arroz de sarrabulho, onde o Trepador e Eu, nos lembramos de termos tirado a barriga de miséria também com arroz de sarrabulho, mal entramos em Portugal vindos de 2 dias e meio de fome que passamos na viagem a Santiago de Compostela 2010, a comer m£rd@ espanhola. Não há como comer em Portugal.

PS: O Rebanda não foi, mas ganhou uma t-shirt na mesma...

Pedro "Trilhos"

Fotos deste Passeio